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SOL: nossa fonte de energia

Sabemos que os povos antigos cultuavam vários deuses, porém a maioria deles tinha no Sol sua maior divindade. Claro, o Sol proporciona o bom tempo, as boas safras agrícolas e tudo o mais que disso decorre. Ora, o Sol é a estrela ao redor da qual giram a Terra e os demais planetas de nosso sistema. Possui forma esférica e densidade média de, aproximadamente, 1,4 grama por centímetro cúbico (lembre-se de que a densidade da água é 1 grama por centímetro cúbico). O Sol irradia energia que é absorvida pela Terra, que tem na radiação solar sua principal fonte de abastecimento energético (99% da energia que recebemos na Terra vem da radiação solar – o outro 1% vem das interações gravitacionais com os astros, inclusive com o próprio Sol, e de reações nucleares). Essa radiação solar é absorvida pela Terra, podendo ficar armazenada por muito tempo, como a energia absorvida pelo carvão mineral e petróleo, ou em rios e lagos, ou mesmo ser utilizada imediatamente, como nas chamadas baterias solares.

Como é formada a energia do Sol

A energia que o Sol irradia provém, principalmente, de sua parte mais central, onde a temperatura é em torno de 14 milhões de Kelvin.  Essa gigantesca quantidade de energia é liberada por reação termonuclear em que quatro átomos de hidrogênio se combinam para formar um átomo de hélio (He). Nessa reação de fusão (semelhante a que ocorre quando é detonada uma bomba H – bomba termonuclear), uma determinada quantidade de matéria é transformada em energia.  Isso significa que o Sol continuamente está perdendo massa (algo em torno de 1.000.000 de toneladas por segundo).  Esse valor, se comparado à sua massa total, é insignificante, ou seja, ainda durante milhões de anos ele poderá continuar a perder massa sem que isso signifique uma alteração considerável. Como o Sol é esférico, emana energia em todas as direções e sentidos no espaço. Aqui na Terra recebemos uma pequena porção dessa energia (um bilionésimo da energia total emitida), principalmente sob forma de luz visível e ultravioleta (também de infravermelho, raios-x e outras radiações eletromagnéticas). Felizmente as radiações ultravioletas quase não chegam até a superfície da Terra, pois são absorvidas pela atmosfera.  Essas radiações (com frequência acima da luz visível) podem ser letais aos seres vivos, se absorvidas em grande quantidade.

Ventos Solares

Ocasionalmente ocorre no Sol as chamadas erupções solares, quando surgem protuberâncias com vários milhares de quilômetros de altura, onde também são emanadas partículas carregadas eletricamente (o chamado vento solar), que chegam até a Terra pela ação do campo magnético terrestre. A camada mais externa da atmosfera solar, denominada coroa, é constituída por gás, principalmente hidrogênio, e possui uma temperatura tão elevada que os átomos neutros se dissociam em íons positivos (raios alfa) e elétrons (raios beta). O vento solar que flui da coroa é um plasma quente, constituído por essas partículas, que se espalha até os limites do sistema solar a velocidades entre 300 e 1000 km/s, atingindo inclusive a Terra. A intensidade do vento solar não é constante, aumentando nos períodos de maior atividade solar.

Como quase a totalidade da energia que a Terra absorve vem do Sol, nosso planeta é completamente dependente dele. O grande risco de uma detonação nuclear em larga escala ou de um choque de um meteorito gigante com nosso planeta está no fato de que, com a ocorrência de um desses eventos, a quantidade de partículas que ficaria suspensa na atmosfera terrestre poderia impedir a entrada de radiação solar. Isso teria consequências absurdamente grandes, como o resfriamento do planeta (podendo até gerar uma nova era do gelo, como já ocorreu anteriormente e provocou a extinção de muitas populações de seres vivos, animais e vegetais – inclusive a dos dinossauros). Provocaria também estragos apocalípticos na produção de alimentos, entre outros.

Pois é, o Sol é muito mais do que um astro bonito!

Fonte:

  • Ramos, E. O.  A Física do Cotidiano: volume 1. Florianópolis: pascal, 2000.

Edson Cebola

Graduado em Ciências Físicas e Matemáticas - UFSC; Pós graduado com Especialização em Educação - UNISUL; Aperfeiçoamento em Ensino de Física – formação continuada para Professores de Física - UFSC; Maester in Insegnare Nella Societá Della Conoscenza. E-Teacher & Global Learning - Università Ca’Foscari - Venezia/Itália; Membro da Academia São José de Letras; Professor de Física para Vestibular e Ensino Médio desde 1977.

5 Comentários

  1. Daniel ferreira de sa 14 de maio de 2012

    Eu fico pensando como esta tao nitido que estamos aqui para cuidarmos de nosso planeta e nao de nos mesmos. isso implica numa possibilidade remota de mundanca radical, que heis a questao ser ou nao ser ou melhor como ser

  2. Luís Renato 23 de maio de 2012

    Sensacinal, também é maravilhoso sabermos ou apenas imaginarmos que existe uma força maior, a qual tem a capacidade de gerenciar e organizar tudo.

  3. junior costa de solsa 13 de junho de 2012

    o sol e uma esfera muito emportante para o noso planeta a aprocimadamente 10.000 anos o noso sol pode inchar e engolir todo o sistema solar.

  4. Délis 20 de fevereiro de 2013

    aaas veei adoreei saber disso tudo !

  5. nicole 15 de abril de 2013

    O SOL E REALMEMTE LINDO EU AMO O SOL ELE BRILHA TÃO FORTE QUANDO A NOSSA VIDA

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